Roda das Terças - O Mal-estar na Civilização

“A angústia é, muito precisamente, o ponto de encontro em que os espera tudo o que fazia parte de meu discurso anterior.” Lacan 

 

        A proposta para esse encontro é o estudo da angústia enquanto afeto que sinaliza o que está fora da linguagem, portanto, uma via não significante, demarcando a certeza antecipada para o sujeito de sua condição de objeto. A letra "a" designa o resto da operação de constituição do sujeito na linguagem. Irredutível ao significante.

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        A angústia definida na obra homônima de Lacan como "afeto que não engana” nos permite articular o objeto a, na sua vertente enganosa do desejo, e a verdade sinalizada pela angústia. A verdade que só pode aparecer nos interstícios do dizer que eventualmente irrompe, deflagrada pela angústia. Eis aí a certeza do sujeito.

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        No percurso de nosso estudo, procuraremos estabelecer as articulações do objeto a nos diferentes contextos da obra de Lacan, seus desdobramentos e consequências, para tal percorremos as obras "Declinações da Angústia” de Colette Soller, e "A Angústia e o Desejo do Outro” de Diana Rabinovich, juntamente com trechos do Seminário X – A Angústia, de Lacan.

                                                                                        Lúcia Freire

 

        "Se escolhi proceder, este ano, a partir da angústia, foi porque esse caminho revivifica toda a dialética do desejo, e porque é o único que nos permite introduzir uma nova clareza quanto à função do objeto em relação ao desejo.” Lacan