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"O analista se autoriza de si mesmo e de alguns outros". Jacques Lacan 09/10/67

A Instituição

Rede de Trabalho
Formação do Psicanalista

Rede de Trabalho Biênio 22/24

 

Presidente 
Célia Regina Branco Dequech

 

Vice-Presidente
Janaina Ferraz

Administrativo - Financeiro

Igor Pusch

Janaina Ferraz

Câmara de Ensino e Pesquisa e; subcomissão de Admissão

Regina Coeli Lise

Igor Pusch

Mariusi Gonçalves da Cruz

 

Comunicação, Divulgação e Evento

Mariana Ferraz

Comissão da Infância

Janaina Ferraz

Comissão da Adolescência

Mariana Ferraz

Eliane Rachid Furtado

Mariusi Gonçalves da Cruz

Comissão de Interface

Eliane Rachid Furtado

Mariusi Gonçalves da Cruz

Colegiado de Transmissão e Difusão da Psicanálise

Regina Coeli Lise

Célia Regina Branco Dequech

Mariana Ferraz

Eliane Rachid Furtado

Igor Pusch

Formação Permanente:

Psicanalistas (membros fundadores)

Célia Regina Branco Dequech

Eliane Rachid Furtado

Janaina Ferraz 

Mariana Ferraz

Regina Coeli Lise

Membros Efetivos

Igor Pusch

Mariusi  Gonçalves da Cruz

Membros Colaboradores

Patricia Maria Barusso Lafraia

        
     ..."Estou escrevendo uma defesa da análise leiga, da psicanálise praticada por leigos. Os doutores querem tornar a análise ilegal para os não-médicos. A História, essa velha plagiadora, repete-se após cada descoberta. Os doutores combatem cada nova verdade no começo; depois procuram monopolizá-la". Sigmund Freud - 1926
    
      "Eu não sei se você percebeu o elo secreto entre Análise leiga ["A questão da análise leiga"] e Ilusão ["O futuro de uma ilusão"]. No primeiro, eu quis proteger a análise dos médicos e, no segundo dos sacerdotes. Eu gostaria de legá-la a uma profissão que ainda não existe, uma profissão de curadores leigos da alma, que não necessitaria ser médica e não deveria ser sacerdotal".  Sigmund Freud - 1926
          
      A teoria psicanalítica não é uma corrente da psicologia, é uma verdadeira Escola. Constitui-se como um sistema de pensamento, a partir de Lacan que em seu "Retorno a Freud" modificou a leitura e a clínica freudiana, não apenas, forjando novos conceitos, como, também, inventando uma técnica original de analisar. A partir e com Lacan, o ensino da psicanálise adquire um um estatuto ético-institucional.
   

       A psicanálise não promete a felicidade, mas por seus efeitos, atua no modus operandi, ou seja, na maneira como o sujeito se interpreta e posiciona-se no mundo à medida que o analisante, por escutar-se, encontra outras vias de reconhecer a si, o outro e o seu entorno. Dessa maneira se ocupa daquilo que escapa ao próprio Sujeito ou à Ciência, daquilo que produz estranhamento: o mal-estar. Quando todos se angustiam pela falta de sentido, a psicanálise suporta a impotência e a impossibilidade. É a prática, que tem por método o discurso, o caminho de acesso à Ética do Sujeito, ainda que, por mais que alguém esteja cansado de ouvir-se, terá alguém disposto a escutá-lo.

       

    Durante as últimas décadas a psicanálise foi acusada de ser elitizada e delongada. No entanto, o interesse inabalável da neurociência em provar a responsabilidade, exclusivamente, orgânica do sofrimento humano vem demonstrando que há, sempre, algo que escapa à medicina e que é singular ao Sujeito. Ao dizer que cada cérebro é único como a impressão digital e, ao mostrar que existem áreas cujos registros necessitam se fazer representar no córtex frontal -responsável pela consciência-, e portanto, inconsciente, sem intencionalidade, avaliza a Psicanálise por seu método que oportuniza novas conexões, interpretações  e traduções.
     

     A teoria psicanalítica tem o compromisso com o particular incompreensível ao próprio sujeito em sofrimento. Não se propõe padronizar, dogmatizar, tampouco curar, pois entende que não se trata de doença, mas de uma construção lógica que cada um consegue fazer de si e do mundo com os recursos construídos durante sua história pessoal.

 

Manifesto

     Desde 2006 ( atualmente, há dezessete anos) Ágora - Estúdio de Psicanálise e Circulação de Saber- atravessa algumas mudanças em sua proposta inicial, visto ser uma instituição em construção permanente. Todavia, manteve o projeto de tornar-se uma instituição de formação em Psicanálise. Nos últimos onze anos, iniciamos as Rodas de Palavras, agora em sua décima segunda edição, mas com o mesmo propósito: 

-Mergulhar na linguagem psicanalítica, por meio de conceitos fundamentais, àqueles que por razões singulares desejam imergir neste sistema de pensamento.

-Dar condições de leitura das obras dos principais autores da psicanálise na própria fonte, para que sejam apreendidas e contextualizadas suas concepções dentro do momento histórico social, como também de suas vidas.

-Promover um olhar crítico a respeito da atualidade e dos textos de autores reconhecidos, a fim de não impregnar a criatividade com modelos protocolares, ou hastear dogmas, ou templos psicanalíticos. 

   

     Tantos são os equívocos a respeito de determinados fundamentos, a transformar a formação de analistas em alistamento fundamentalista. Sigmund Freud nos deixou abertas muitas questões e Lacan em seu ensino oral que esburaca o pensamento, dá nó, revira, retroage permite que se continue a pesquisa e teorização vinculada ao zeitgeist ou espírito do tempo em que se vive.

 

         Posto isso, há que se ressaltar que uma instituição não se faz de Um. Recusamo-nos a transitar no quinto discurso. Se nos referimos aos discursos é porque entendemos que uma instituição se faz de laços sociais e sua circulação de saber.

 

          A construção de uma instituição se dá em um eixo transversal: na constituição de lugares para que possam ser ocupados nos vários percursos que estruturam o estilo e o funcionamento institucional.  Dessa maneira, não existe instituição sem partícipes que desenvolvam o uso, fruição, administração e disposições, que orientem os movimentos de trabalho, apropriação, propagação da trajetória da formação de analistas.

   

    Esse manifesto é um convite àqueles que atravessados pela Psicanálise sintam-se estimulados na construção de uma instituição que busca dar conta da significação de seu nome Ágora –espaço da palavra– consolidando a Circulação de Saber – difusão da Psicanálise e formação de analistas.

 

        Essa disposição pode ser expressa da seguinte maneira:

- Manifestar o interesse de ingresso na instituição e em que nível de comprometimento.

- Declarar a qualidade (atribuição) e quantificar o tempo disponível.

- Contribuir para o crescimento de ambientes da teoria, da clínica e difusão do discurso psicanalítico.

 

Regina Coeli Lise
Mariana Ferraz
                                      Primavera 2013

Psicanálise na Ágora

   Para o devir de um analista, seu compromisso está articulado em pontos de sua análise pessoal e a clínica supervisionada e entre o ensino e a transmissão.

         O ensino tem como fundamentação as teorias de Freud e Lacan e vários autores atuais por meio de seminários; grupos textuais; discussões clínicas; produções teórico-práticas; investigações temáticas e, fundamentalmente pelos carteis.

          Para que aconteça a transmissão faz-se necessária a circulação de saber durante o percurso do ensino. A apropriação da história da psicanálise, seus ideais, sua tradição, seus mitos, conflitos na escola em que se inscreve para a formação dá o tom da posição política e da práxis, na medida em que se constroem e desconstroem  identificações em função das escolhas que norteiam a trajetória do psicanalista que cada um deseja vir-a-ser e autorize-se a sê-lo por si e por alguns outros. 

       

          Àquele que optar por inscrever sua formação em psicanálise nesta instituição deverá saber que, uma formação não está atrelada às normas acadêmicas, "um analista se constitui em sua análise pessoal, nos estudos teóricos com suas exposições, na clínica supervisionada e no compromisso com a difusão e transmissão da psicanálise" em dado tempo. Importante também, saber que um analista está em formação perene, não há um tempo a ser concluído. Tampouco, um Diploma de Psicanalista que lhe certifique  a habilitação profissional de aptidão ao  "ofício" de escutar/ler o inconsciente, trata-se de outro campo.

       

           Ao optar pelo ingresso na Ágora para sua formação estará assumindo, também, o compromisso como membro efetivo de construir a Escola juntamente com seus pares.

    A graduação em nível superior é fundamental, não somente as de Medicina ou Psicologia, todas as áreas do conhecimento são aceitas, pois quem está em questão é o graduando e não a graduação. Para tanto solicitamos o agendamento de uma entrevista com um analista da Comissão Ensino, para formalizar de que demanda/desejo se trata tal pedido de formação e dar seguimento ao ingresso, caso ele se concretize.

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